TURISMO INTERNO = MOEDA FORTE -

Quando a atual crise econômica irrompeu, o pânico se instaurou no mercado financeiro mundial. Explicações técnicas à parte, a caça às bruxas pouco colaborou e fi cou claro que a economia mundial estava lastreada em falsos ativos e o jogo das bolsas feito com fichas e cacifes a descobertos. A “marolinha” demorou a chegar,mas até o autor da piadinha reconhece hoje que trata-se de uma onda. Mas que dá pra surfar.
Num outro momento difícil da nossa economia (e lá se vão anos), O CRECI e outras entidades ligadas à construção e comércio de imóveis lançaram o slogan “IMÓVEL MOEDA FORTE”. Esta breve análise me faz acreditar ainda mais que nas épocas de crise abrem-se ótimas oportunidades decrescimento.
Roald Amundsen, chefe da primeira expedição a atingir o Pólo Sul, afirmava que “AVENTURAS SÃO A CONCRETIZAÇÃO DO MAU PLANEJAMENTO”.
Empresários do trade turístico que incluem em seus planejamentos planos B hoje devem estar mais seguros frente à crise. Medidas como revisão de custos, adequação de investimentos e promoções devem fazer parte do dia a dia. O calendário de feriados prolongados deste ano é totalmente favorável. Brasileiros acostumados a viagens internacionais tendem a se tornar turistas nacionais, os nacionais em regionais, e estes em consumidores locais, numa fase de sacrifícios e corte de “gorduras” em rede, trazendo preços e tarifas à realidade e aquecendo a atividade interna.
Aliás, o mundo inteiro pratica tarifas diferenciadas na baixa e na alta temporada, exemplo que deveria ser seguido pelos empresários de Guarujá, acostumados a colocar na sazonalidade a culpa de tudo, ou seja, num verdadeiro “castigo dos deuses”. Enquanto isso, o turismo do mundo inteiro convive com ela. Questão de mais inteligência e menos ganância. Turismo é coisa séria. EDITORIAL EDIÇÃO 3 ABRIL 2009